O mercado global de data centers está preparado para um crescimento substancial, com projeção de aumento de mais de 6% ao ano durante esta década. Essa expansão robusta é alimentada pelas principais tecnologias, como inteligência artificial (IA), streaming de Internet e jogos, moldando profundamente o cenário digital. Em meio a esse crescimento acelerado, os data centers estão se transformando em hubs sofisticados, cada vez mais automatizados e equipados para lidar com diversos aplicativos e uma infinidade de dispositivos de computação e armazenamento, gerenciando com eficiência as cargas de trabalho crescentes da era digital.
No dinâmico domínio dos data centers, a importância de um sistema de cabeamento estruturado bem projetado não pode ser exagerada. Independentemente de o dispositivo exigir uma conexão de cobre ou de fibra, ter um design de patch panel torna mais fácil e mais eficiente a miríade de mudanças e atualizações que podem ser esperadas nos ambientes de data center em ritmo acelerado de hoje. A Telecommunications Industry Association (TIA) ressalta esse compromisso por meio de seus padrões TIA-942, enquanto a International Standards Organization (ISO) reforça a compatibilidade global com a ISO/IEC 24764.
O que é um sistema de cabeamento estruturado? É um projeto de conectividade que posiciona estrategicamente patch panels ou gabinetes em todo o espaço do data center para que a conexão de dispositivos à rede possa ser realizada com patch cords ou jumpers curtos. A conectividade entre os patch panels e os gabinetes é considerada “estruturada” e permanece no lugar por anos, enquanto as conexões finais dos patch cords e jumpers nos dispositivos podem ser conectadas e desconectadas do sistema de cabeamento. Para obter uma representação visual, consulte a Figura 1, que mostra um canal de cabeamento estruturado de fibra comum que suporta conexões de fibra LC duplex. É importante observar que os transceptores ópticos que os dispositivos de computação e armazenamento exigem determinam o tipo de fibra e conector a ser usado. Esses dispositivos de computação e armazenamento geralmente podem operar em diferentes tipos de fibra e tipos de conectores. A escolha do tipo de fibra e de conector é melhor determinada pelo aplicativo em relação à velocidade e à distância da conexão. Com o planejamento adequado, a infraestrutura de cabeamento estruturado pode ser especificada para suportar várias gerações de aplicativos de data center, eliminando a necessidade de recabeamento para cada atualização.
O oposto de um sistema de cabeamento estruturado é o cabeamento ponto a ponto. Esse método de conectividade é mais barato, requer pouco planejamento e é fácil de executar no início. A desvantagem do cabeamento ponto a ponto é quando novos dispositivos precisam ser adicionados, movidos ou removidos da rede. As atualizações geralmente exigem novos cabos e os cabos existentes são deixados no lugar, criando um congestionamento desnecessário no caminho. Ao instalar um novo cabo ponto a ponto, o técnico geralmente usa um cabo mais longo do que o necessário para garantir que haja comprimento suficiente para conectar os dispositivos em cada extremidade. Com o passar do tempo, esses cabos de “comprimento extra” tornam-se difíceis de gerenciar e bloqueiam as vias de ar nos gabinetes e racks usados para resfriar os equipamentos do data center. Isso, por sua vez, aumenta a quantidade de energia necessária para resfriar os dispositivos de computação e armazenamento. Conforme ilustrado nas fotos abaixo, o cabeamento de fibra, antes bem instalado, começa a se assemelhar a uma teia emaranhada, difícil de navegar e gerenciar. A ineficiência do cabeamento ponto a ponto, antes mascarada por sua facilidade inicial de execução, agora ocupa o centro do palco, enfatizando a importância de um sistema de cabeamento estruturado bem planejado.
Um sistema de cabeamento estruturado oferece muitas vantagens em relação ao ponto a ponto no espaço do data center. Veja abaixo sete motivos principais:
À medida que os dispositivos de computação e armazenamento de IA são instalados no data center, é necessário mais cabeamento de fibra para suportar as velocidades mais altas necessárias para que as unidades de processamento gráfico (GPU) funcionem adequadamente. Uma arquitetura básica de computação de IA tem 128 nós ou servidores com 8 switches spine e 16 leaf. O número de fios de fibra de computação entre esses dispositivos é 8192! Esse número de fibras não inclui a conectividade de gerenciamento de armazenamento, em banda e fora de banda necessária para a arquitetura. Ter um sistema de cabeamento estruturado para dar suporte à conectividade entre os racks de rede e os servidores e switches ajuda a gerenciar todos esses cabos. A Figura 3 apresenta um vislumbre da anatomia de um canal de IA comum usando fibra multimodo com conectores MTP/MPO angulares (APC) que comportam 8 fibras cada. Os troncos MTP/MPO para MTP/MPO podem ser ampliados em número de fibras para melhor atender à aplicação.
Os sistemas de cabeamento estruturado de cobre também são usados no data center. Os troncos de cobre aceleram as implementações de cabeamento, eliminando o tempo necessário para as terminações dos conectores. A Figura 4 ilustra uma aplicação típica de tronco de cobre estruturado. Fica evidente que a implementação estratégica desses troncos pode contribuir significativamente para a eficiência e a confiabilidade gerais do sistema de cabeamento de um data center.
Em resumo, no mundo dos data centers, do aprendizado de máquina e da IA, não se trata apenas de potência de computação e algoritmos sofisticados; trata-se também dos cavalos de batalha silenciosos nos bastidores – os sistemas de cabeamento de fibra ou cobre bem estruturados que permitem que essas maravilhas tecnológicas funcionem perfeitamente. Portanto, da próxima vez que você se maravilhar com os recursos dos data centers e da IA, reserve um momento para apreciar a intrincada dança da conectividade que torna tudo isso possível.
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Dave Fredricks
Sales Engineer at Siemon
Dave Fredricks is a data center center sales engineer at Siemon with 28 years of experience in fiber optic and structured cabling solutions. He has been with Siemon since 2021, and previously served as a data center infrastructure architect with Cablexpress for 13 years and southeast sales manager at Emerson Network Power for 12 years. Fredricks is a Certified Data Centre Designer (CDCD) and an active member of AFCOM. He authored the white paper, “Conflicts in Data Center Fiber Structured Cabling Standards,” and has comprehensive knowledge of the TIA and IEEE industry standards for network and storage connectivity. Fredricks earned his bachelor’s degree from Western Carolina University.